Pesquisa em São Paulo utiliza inteligência artificial para prevenir crimes

Foto: Group Publishing
Inteligência artificial para prevenir crimes

A Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Universidade de São Paulo (USP) anunciaram o lançamento de um centro de pesquisa inovador. O Centro de Estudos em Analytics e Políticas de Segurança, apoiado pela Fapesp, utilizará a inteligência artificial (IA) para informar políticas de segurança pública e prevenir crimes em São Paulo. Essa parceria promete revolucionar a abordagem da segurança, aproveitando a análise de dados para desenvolver soluções direcionadas e eficazes.

A iniciativa se concentra nas questões mais urgentes da sociedade, identificadas por meio dos canais oficiais do estado.

A análise e tratamento dessas informações serão a base para desenvolver soluções que enfrentem esses problemas, com o envolvimento ativo de pesquisadores e policiais.

A ideia é criar um ambiente de pesquisa que otimize o uso de dados, influenciando políticas públicas e tomadas de decisões de maneira mais ágil e precisa.

Em 2022, a Polícia Militar de São Paulo atendeu a 18 milhões de chamados envolvendo uma ampla gama de problemas. Desde perturbação de sossego até casos de violência doméstica, essas demandas constituíram 62% dos chamados.

O coordenador João Henrique Martins, do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da SSP e vice-diretor do FGV Analytics, destaca que muitos desses incidentes têm uma dimensão digital, iniciando ou terminando no mundo online, seja nas redes sociais ou na comunicação ponto-a-ponto.

A parceria com a FGV e a USP visa combinar a experiência do setor público com a metodologia científica da academia, resultando em soluções mais eficazes e direcionadas às necessidades da população.

Elevação do nível do debate público sobre segurança

A presença da universidade promete também elevar o nível do debate público sobre segurança. Somente com dados e análises científicas, é possível compreender a complexa estrutura da criminalidade e a dinâmica dos incidentes.

Segundo o entendimento de João Luiz Becker, diretor do FGV Analytics,, embora a criminalidade seja um tema estudado extensivamente, a prevenção e a redução de crimes exigem um entendimento profundo das características sociais e individuais que influenciam o comportamento criminoso. Ele destaca que os avanços recentes em ciência de dados e aprendizado de máquinas oferecem novas abordagens para prever a ocorrência de crimes e entender seu impacto na sociedade.

O primeiro foco de estudo do FGV Analytics será a Cracolândia, uma área de uso de drogas ao ar livre no centro de São Paulo.

A colaboração visa entender a real extensão da população de usuários de drogas, pessoas em situação de rua e mendicantes na região. Essa diferenciação permitirá avaliar o impacto das políticas em vigor e ajustá-las conforme necessário.

O uso de drones para captar imagens será uma das ferramentas usadas para coletar dados sobre a região.

O FGV Analytics também está comprometido com a incorporação contínua de novas tecnologias para aprimorar o trabalho da polícia e maximizar seus benefícios.

O uso de algoritmos para identificar agressores ativos antes de cometerem crimes em escolas e para rastrear replicadores que disseminam notícias falsas sobre ataques é um dos desafios abordados.

Essa abordagem, no ambiente digital, pretende identificar comportamentos suspeitos e evitar incidentes graves.

Essa iniciativa promete ser um divisor de águas na abordagem da segurança em São Paulo, combinando a experiência das forças de segurança com a competência acadêmica e tecnológica.

A inteligência artificial desempenhará um papel fundamental na identificação e prevenção de crimes, tornando a cidade mais segura e fortalecendo a segurança pública como um todo.

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